
Em meio aos diferentes fragmentos arqueológicos resgatados das tumbas dos faraós que governaram o Antigo Egito, um artefato talhado em pedra quase passou despercebido pelos cientistas.
Após um olhar mais atento, entretanto, pesquisadores da universidade britânica de Swansea identificaram um raro registro da rainha-faraó Hatshepsut, que liderou o reino há mais de 3,4 mil anos.
Apesar de não conseguirem identificar o local exato de onde os fragmentos foram encontrados, os arqueólogos afirmam que o retrato esculpido de Hatshepsut estaria em Deir el-Bahari, um complexo de templos mortuários situado às margens do rio Nilo. O conjunto de tumbas fica próxima à cidade de Luxor, que corresponde à antiga Tebas, capital do Antigo Egito.
De acordo com Ken Griffin, pesquisador que liderou o trabalho de identificação do artefato, foi possível identificar a homenagem à Hatshepsut por conta de hieróglifos que faziam referências à uma figura feminina.
Ao reconstruir os fragmentos, que estavam despedaçados, também foram identificados ornamentos que enfeitavam a rainha-faraó.
Apesar de Cleópatra ser a liderança feminina do Antigo Egito mais conhecida na atualidade, Hatshepsut é considerada uma das mais poderosas rainhas-faraó.
Ela assumiu a regência do reino durante a infância de seu enteado, Tutmés III, mas continuou a governar o Egito mesmo após sua maioridade.
De acordo com os registros históricos, o período de sua liderança foi um momento de paz e de estabilidade no reino.
Após a morte de Hatshepsut, Tutmés III ordenou que esculturas e registros de sua madrasta fossem apagados da História.
A redescoberta da rainha-faraó aconteceu apenas no século 20, quando sua múmia e outros fragmentos históricos foram localizados.