
A história de Cibola, as Sete Cidades de Ouro, teve origem em no ano de 713, quando os mouros invadiram Portugal e a Espanha e dominaram a Península Ibérica.
Os bispos portugueses levaram ouro e artefatos religiosos de valor inestimável da cidade do Porto e navegaram para um local secreto que só era acessível por barco, mas ninguém sabia onde esse lugar misterioso poderia estar.
Quando os primeiros exploradores pisaram nas Américas e viram os nativos repletos de objetos de ouro, o interesse pelas antigas lendas de Cibola ressurgiu com a ideia de que, talvez, as cidades perdidas de ouro estivessem localizadas nas Américas.
Cortez e o Novo Mundo

A riqueza do Império Asteca e a subsequente pilhagem de suas cidades por Hernan Cortez contribuiu para a crença de que as Américas abrigavam as Sete Cidades de Ouro que estavam apenas esperando para serem descobertas e saqueadas.
A sociedade complexa e sofisticada dos astecas e os artefatos de ouro que eles criaram apenas alimentaram o desejo dos espanhóis pelo ouro do Novo Mundo.
A Expedição Narvaez
Em 1527, sob a liderança de Alvar Nunez Cabeza de Vaca, a Expedição Narvaez partiu de Cuba para a Flórida com 600 homens. O objetivo oficial da expedição era colonizar a região para a Espanha, mas fora do registro, o grupo estava em busca do lendário ouro dos astecas.
Perdidos em território desconhecido, a expedição logo ficou sem suprimentos e foi repetidamente atacada pelos nativos. Ainda assim, eles continuaram.
De Vaca e três outros membros do grupo conseguiram chegar ao norte do México depois de oito anos. Nesse período, os homens já haviam tido muitas interações com os nativos americanos.
Um dos membros sobreviventes da Expedição Narvaez era um escravo espanhol chamado Estaban, descrito como um mouro de Azamoor, uma cidade na costa marroquina.
Estaban falava várias línguas e era um homem educado, apesar de sua posição como escravo. Durante a Expedição Narvaez, frequentemente ele era enviado à frente do grupo para atuar como batedor e anunciar a chegada do grupo aos chefes tribais.
Foi em uma dessas viagens de reconhecimento que Estaban ouviu uma história fantástica sobre sete cidades de ouro localizadas ao norte, onde os cidadãos eram todos ricos e usavam roupas finas e os prédios eram construídos com vários níveis.

Apesar dos esforços do grupo, as cidades nunca foram encontradas, mas a história se espalhou.
Marcos de Niza, um frade franciscano italiano e missionário, foi um dos primeiros exploradores do sudoeste americano e viajou para esta área depois de ouvir a história de Estaban porque tinha certeza de que as cidades perdidas de Cibola estavam localizadas lá.
Ele também obteve mais informações com os povos indígenas do México e da América Central, que lhe disseram que o ouro em sua posse vinha das grandes cidades do norte.
De Niza procurou por Cibola no que hoje é o Arizona e o Novo México e quando voltou para a Espanha, ele tinha uma história maravilhosa para contar. Ele falou sobre se aventurar para o norte e, eventualmente, encontrar uma deslumbrante cidade de ouro que descreveu como tendo grandes ruas, belas estátuas e prédios altos.
Apesar de maioria dos historiadores acreditar que o frade estava mentindo, ele foi nomeado para guiar a expedição seguinte, a Expedição Coronado.
A Expedição Coronado

O Frei Marcos de Niza juntou-se à Expedição Coronado liderada por Vazques de Coronado entre 1540 e 1542, e como Cortez antes dele, Coronado tinha certeza de que poderia acumular grande riqueza nas cidades perdidas das Américas.
Sua expedição encontrou uma aldeia Zuni com casas de adobe de vários andares. Havia ruas largas pela aldeia e pequenas quantidades de ouro, mas esta não era a Cibola que de Niza descrevera, mas poderia, no entanto, ter sido a “cidade rica ao norte” que foi descrita pelos nativos do México.
Coronado não estava convencido, então atacou e torturou os Zuni na tentativa de fazê-los revelar o esconderijo de seus grandes tesouros de ouro. Logo ficou óbvio que não havia nenhum rico tesouro e Coronado foi forçado a retornar à Espanha de mãos vazias.