Empresa quer realizar partos de bebê no Espaço

Mas antes, a empresa promete armazenar óvulos e espermatozóides em órbita e fazer a primeira inseminação artificial extraterrestre.

 
 

“Se a humanidade quer se tornar uma espécie multiplanetária, nós também precisamos aprender a nos reproduzir no espaço”, afirma Kees Mulder, CEO da empresa holandesa SpaceLife Origins que quer fazer com que uma mulher dê à luz um bebê saudável na órbita da Terra, a 400 quilômetros de altitude.

Antes desse pequeno passo para um recém-nascido, a empresa organizará dois projetos preliminares.

O primeiro visa colocar em órbita pequenas arcas-satélites redondas, com espermatozoides e óvulos congelados.

 

Quem puder pagar pelo serviço (os preços não foram divulgados) terá o prazer de proteger seus gametas de qualquer desgraça que ocorra aqui na superfície da Terra.

Já para quem não puder pagar pelo serviço, a empresa anunciou que 25% das vagas serão reservadas a pessoas de etnias variadas que não precisarão desembolsar nenhum dinheiro.

A ideia é que a arca contenha uma amostra razoável da variabilidade genética da Terra, caso um dia seja necessário reconstruir a humanidade por causa de alguma catástrofe.

Caso você esteja se perguntando qual é o sentido de armazenar suas células reprodutivas na imensidão do cosmos, e não em qualquer lugar mais fácil de acessar em caso de apocalipse, a resposta está no segundo projeto: usá-las para tentar a primeira inseminação artificial espacial.

Dominar essa tecnologia pode ser um passo importante para uma futura colonização de Marte.

A empresa garante que vai dispor da tecnologia necessária para recolher as amostras das arcas não-tripuladas.

Após a fertilização, os embriões passarão 4 dias se desenvolvendo no espaço. Depois, voltarão à Terra e serão implantados em suas mães.

Tudo ocorrerá em incubadoras seladas e protegidas da radiação, que simulam a gravidade com que estamos acostumados.

Caso esses dois passos deem certo, no final da gestação, a mulher grávida irá decolar com uma equipe de médicos e parir em órbita, e em 36 horas estará de volta ã Terra com o bebê em mãos.

Tudo ocorrerá com um nível de segurança compatível com o das mais modernas e bem equipadas maternidades.

A empresa promete que a missão será projetada de maneira que a gestante não seja submetida a uma força G perigosa para o bebê, mas ainda não menciona a física por trás do feito.

Para convencer os potenciais clientes e a opinião pública de que é uma boa aprendermos a fazer bebês no espaço, o site oficial da SpaceLife Origins cita previsões apocalípticas como a de que a civilização humana pode sucumbir à inteligência artificial, ao contato com extraterrestres, à mudança climática, ou a tudo isso junto.