
Atualmente conhecida como Mada’in Saleh, suas ruínas ficam localizadas ao norte do deserto de Al-Ula, na Arábia Saudita.
Os nabateus, uma civilização frequentemente esquecida, usaram Hegra como um importante centro de comércio internacional e sua cultura e arquitetura pode ser reconhecida no mais famoso e visitado ponto turístico de Petra.
A principal cidade do Reino Nabateu era Petra, situada no território da atual Jordânia. Essa civilização habitou o norte da Península Arábica entre os séculos 4 a.C. e 1 d.C. e a cidade de Hegra era considerada a sua segunda capital.
Para alguns, essa falta de informação sobre os nabateus aumenta o mistério e a empolgação de explorar este local relativamente intocado.
O pouco que se sabe é que eles eram originalmente nômades que passaram a exercer influência em sua região nas rotas de comércio de incenso e especiarias e que eles tinham uma sofisticada tradição arquitetônica, influenciada pelos mesopotâmicos e gregos.
Os nabateus esculpiram fachadas de templos e túmulos em falésias rochosas e também produziram sofisticados monumentos em pedra.
Segundos os pesquisadores, Hegra possui 111 tumbas em ótimo estado de conservação. Essas estruturas estão espalhadas pelas ruínas da cidade e apresentam claras influências das culturas da Grécia, Roma e Egito.

A nova oportunidade para os turistas visitarem essas obras se deve, em parte, ao Saudi Vision 2030, um plano da Arábia Saudita lançado em 2016 para ajudar o país a se expandir no turismo e no comércio e abandonar sua atual dependência do petróleo, diversificando seus recursos econômicos.
A experiência inovadora aberta aos turistas interessados em Hegra é um dos primeiros passos para a implementação destes planos.
Os guias turísticos são cuidadosamente escolhidos e treinados para apresentar aos estrangeiros a história de uma cidade antiga verdadeiramente única.