
Apesar de ainda não termos encontrado provas de vida fora da Terra, tampouco vida inteligente, a NASA está contratando uma pessoa para o cargo de “oficial de proteção planetária”.
Mas calma! Isso não significa que iremos preparar nossas armas e ficar de olho nos céus para o caso de uma nave extraterrestre aparecer por aqui. Na verdade, o oficial contratado irá liderar os esforços para manter nossas naves espaciais livres de possíveis formas de vida de outros mundos, que poderiam contaminar astronautas e até mesmo o nosso próprio planeta.
As autoridades da NASA enfatizam ainda que manter a Terra limpa (de micróbios extraterrestres que podem chegar aqui em uma cápsula ou em uma amostra, por exemplo) é a mais alta prioridade, e isso se aplica a todos os objetos celestes que as sondas terrestres visitam.
“A NASA mantém políticas de proteção planetária aplicáveis a todas as missões de voo espacial que possam transportar intencionalmente ou involuntariamente organismos da Terra e componentes orgânicos para os planetas ou outros constituintes do Sistema Solar e qualquer missão que empregue uma nave espacial destinada a retornar à Terra e sua biosfera, com amostras de alvos extraterrestres de exploração. Esta política é baseada em requisitos federais, tratados e acordos internacionais”, disseram os funcionários da NASA em um comunicado oficial.
O salário é empolgante, podendo variar de $124.406 a $187.000 dólares por ano, o que significa cerca de $12.975 dólares por mês.
Vale lembrar que esse cargo não é uma novidade. Catharine Conley tem sido a agente de proteção planetária da NASA há vários anos. O novo cargo é o resultado da realocação do Escritório de Segurança e Garantia de Missão da NASA. A própria agente Catharine Conley poderá se inscrever para a nova vaga.

Proteger a Terra contra possíveis invasores microbianos extraterrestres é extremamente importante, sobretudo com relação aos futuros trabalhos de exploração espacial – desde sondas robóticas que trarão amostras de outros mundos, como Europa, lua Júpiter, até missões tripuladas para Marte, por exemplo.
Os planos de proteção planetária deram força à debates que defendem a facilitação e barateamento das missões de exploração espacial, com o argumento de que qualquer esforço para proteger a Terra contra possíveis micróbios alienígenas poderia frear e encarecer significativamente as futuras missões.
Outros cientistas defendem a iniciativa da NASA, já que qualquer forma de vida extraterrestre poderia ser altamente danosa à vida terrestre.