“Vamos Encontrar Vida Fora da Terra”, diz Astrônoma

Para Jill Tarter, que participa do projeto de busca por vida inteligente fora da Terra, o contato com civilizações alienígenas é questão de tempo.

 
 

“Procurar por um peixe no oceano retirando um copo d’água”, é assim que a astrônoma norte-americana Jill Tarter vê os atuais esforços da humanidade na busca por vida extraterrestre.

A ex-diretora do projeto SETI (sigla em inglês para “Busca por Inteligência Extraterrestre”) foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista TIME em 2004 e serviu de inspiração para a personagem da Dra. Elanor Arroway interpretada Jodie Foster no filme “Contato”, baseado no livro homônimo de Carl Sagan.

“Nossa estrela, o Sol, é apenas uma das 400 bilhões de outras estrelas somente na nossa galáxia, a Via Láctea. E a nossa galáxia é apenas uma entre mais de 1 trilhão de outras galáxias detectadas pelos telescópios espaciais, como o Hubble, no universo observável”, disse Tarter.

 

Saber a dificuldade, porém, não afasta o otimismo da astrônoma.

Depois de ajudar a desenvolver o Allen Telescope Array, um interferômetro que utiliza distorções em ondas de rádio para medir distâncias e ângulos do objetos espaciais, agora ela planeja uma campanha para levantar fundos para o aprimoramento da ferramenta.

“Nós desenhamos uma segunda geração de receptores fantásticos que vai tornar o equipamento muito mais sensível”, contou Tarter.

Jill Tarter serviu de inspiração para a personagem de Jodie Foster no filme “Contato” de 1997.

Outro motivo de ânimo é uma nova iniciativa, o “SETI Laser”.

“Nós vamos construir uma série de 96 câmeras, espalhadas por 12 lugares ao redor do globo, trabalhando com óptica e infravermelho. Nós vamos, literalmente, poder olhar para o céu o tempo todo para ver se há algum flash de luz. Para ver algum outro fenômeno, como rajadas rápidas de rádio, nós temos o componente óptico. Estou muito animada com isso”, explica Tarter.

Com tantas novidades, e outras tantas que estão por surgir, ela acredita que vamos encontrar vida fora da Terra antes do final do século.

“Nós podemos descobrir. Encontrar um biomarcador em planetas e luas do nosso Sistema Solar ou localizar artefatos conforme exploramos. Ou, talvez, nós poderemos detectar o produto do trabalho tecnológico de outras civilizações”, conta Tarter.