
A tradução de papiros que fazem parte da coleção da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, revelou tesouros para a história da Medicina: os pesquisadores encontraram descrições de procedimentos médicos e investigações a respeito do funcionamento dos órgãos.
Alguns dos textos do Antigo Egito que estão disponíveis na instituição dinamarquesa têm mais de 4 mil anos e a maioria dos registros ainda estava sem tradução.
Entre os trabalhos médicos do Antigo Egito está a mais antiga investigação já encontrada sobre o funcionamento dos rins, além de procedimentos para tratar doenças nos olhos.
As informações de saúde acompanham outras áreas do conhecimento como astronomia, botânica e até alguns registros ligados à astrologia.
Um dos textos mais curiosos descreve um teste de gravidez realizado pelos egípcios.
De acordo com o papiro, a mulher deveria urinar em dois potes, um contendo sementes de trigo e outro com cevada. Caso os grãos brotassem era sinal de que a mulher estava grávida.
Além disso, os egípcios afirmavam que seria possível constatar o sexo do bebê ao analisar qual tipo de semente brotaria primeiro.
Aparentemente, esse procedimento médico foi passado adiante: um texto publicado na Alemanha em 1699 também recomendava que a mulher urinasse sobre as sementes para averiguar a possível gravidez.
De acordo com os arqueólogos, a descoberta de textos científicos produzidos no Antigo Egito completam uma lacuna até então pouco conhecida: restaram poucos registros do trabalho dos cientistas que atuavam na Antiguidade.